22 janeiro 2012

Quando tudo começou.

O grande urso polar
texto e ilustração: Jack Tickle
editora: Ciranda Cultural

No natal de 2008 a filhota tinha acabado de fazer 2 aninhos, e foi a primeira vez que eu lhe dei um livro como presente de natal. Ela tinha basicamente livros cartonados ou plastificados para banho, e este foi seu primeiro livro pop-up. Depois não vieram muitos. Confesso que sou meio chata para livros pop-up, e é chatice mesmo. Eles geralmente possuem textos bobos e vazios, e me angustia ver o manusear descuidado das crianças menores destruir suas dobraduras. Mas admito que eles são interessantes e encantam os pequenos. Tanto é que este foi seu livro preferido por bastante tempo. A coleção tem vários títulos, e dei muitos de presente, sempre com ótima receptividade. Ah, e seus textos, apesar de bem simples, não são bobos como alguns similares, e trazem sempre como tema animais, que são imbatíveis com os pequenos.

Hoje prefiro para as crianças menores os mais resistentes. Dei recentemente para meus sobrinhos livros cartonados mas com surpresinhas nas páginas. Acho bem mais interessantes e reduzem minha aflição (neura). Sei que muitos defendem que os livros devem ser usado e manuseados à exaustão pelas crianças, e pelos adultos, mas eu discordo disso. Aqui em casa temos livros na cozinha, na sala, nos quartos, em estantes, em revisteiros, em nichos, eles estão espalhados por todos os lados e sempre a mão. Mas todos eles são muito bem cuidados e conservados.

De acordo com a idade de minha filha eu liberei que ela os manuseasse com menos ou mais cuidado, mas a medida que via que ela já tinha condição de cuidar melhor ia ensinando e chamando sua atenção. Nunca permite que ela os riscasse (sempre oferecendo papel apropriado) ou rasgasse, mesmo quando bem pequena. Nunca deixei ela os atirar longe ou pisar neles, afinal ela tinha outros brinquedos que permitiam isso. Mas na fase oral ela podia lamber, morder, babar. Na fase de refinar a coordenação, quando eles adoram repetir um gesto milhões de vezes, podia manuseá-los do seu jeito "sem jeito". Isso estragou muitos dos livros, mas tudo bem, se os livros eram apropriados para a idade, apesar de machucados iriam resistir minimamente e foram feitos para isso mesmo. Mas já vi um pop-up ser rasgado por uma criança em fração de segundos (isso com um livro da livraria, acreditem), e a partir daquele momento ele nunca mais iria servir para o que se propôs. Por isso não sou fã dos pop-ups para os pequetitos.

É claro que eu defendo que as crianças tenham o máximo de acesso aos livros, e se familiarizem com eles desde muito cedo, mas associado a isso que aprendam a cuidar e preservá-los. Isso também se aprende cedo.

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